quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A sua Câmara Municipal é assim ? ? ? ?



O Remexido não teria hesitado em subscrever este texto, plagiado algures, de entre os biliões de protestos que vão enriquecendo a comunicação na blogosfera.
O desafio que lhe lançamos é o de usar 2 minutos para o ler e os 10 minutos seguintes a reflectir sobre a eventualidade de o município de Loulé encaixar neste perfil .
Mais tarde, muito mais tarde ….ao longo das próximas semanas… meses…. ou mesmo anos, iremos exibir os exemplos de boa governação autárquica com que temos sido brindados nestes últimos anos e aferir se ao João Semana e aos seus adjuntos assenta bem este fato.
A maioria das câmaras municipais hoje são sinónimo de incompetência e corrupção. Nem sempre foi assim.
O crescente poder das autarquias, sobretudo a partir de meados dos anos 80, tornou as câmaras municipais locais apetecíveis para todo o tipo de corruptos. Muitos autarcas, foram-se instalando no poder, criando à sua volta vastas clientelas de dependentes. As autarquias entraram num desnorte total.
Os partidos políticos, mostram-se incapazes de renovarem os dirigentes autarcas. Em muitas situações limitam-se a darem apoio a autarcas corruptos e incompetentes, sempre que estes lhes ofereciam garantias de ganharem as eleições locais. O descrédito é total.
As câmaras municipais, cada vez mais nas mãos de promotores imobiliários, através de licenciamentos sem qualquer planeamento, promoveram a mais completa desordem urbanística do país de que há memória. A paisagem foi degradada. O património destruído. Criaram-se estruturas e fizeram-se investimentos insustentáveis, hipotecando desta forma as gerações futuras.
Tornou-se uma pratica corrente nas autarquias, consumirem-se rios de dinheiro em acções de propaganda, descurando as áreas fundamentais para a qualidade de vida das populações, como a educação, segurança, saúde, higiene, acessibilidades, etc.
Os enormes recursos financeiros das autarquias, têm também sido desviados para financiarem clubes de futebol, partidos políticos, negócios privados, etc.
Face a este enorme descalabro, as gestão autárquica foi-se tornando sinónimo de corrupção, incompetência política e técnica, mas também de ignorância. Muitos dos presidentes e vereadores das câmaras municipais são verdadeiros grunhos, que nem sequer tem conhecimentos para avaliarem as consequências sociais e culturais dos seus actos.
Na posse de importantes recursos públicos, os autarcas tornaram-se depois de 1974 em verdadeiros caciques locais. Ao contrário dos antigos caciques durante a ditadura, o seu poder não advém dos conhecimentos possuem junto do Estado central, mas dos orçamentos camarários que gerem. Os caciques actuais, com dinheiros públicos, tornaram-se em muitos concelhos nos principais empregadores, distribuindo cargos, subsídios pelos correligionários, amigos, apoiantes, etc.
Os novos caciques controlam a imprensa local não através da censura, mas através de subsídios ou da publicidade. Se enaltecerem a obra da câmara recebem, caso contrário serão penalizados. Chegaram ao ponto de estabelecer protocolos de colaboração com os jornais locais, assentes num compromisso mútuo: dizerem bem da actuação dos autarcas, a troco de publicidade camarária (CM Porto, CM de Gaia, etc. - Público, 30/6/2006).
Ninguém dúvida da importância das autarquias, assim como das suas virtualidades, mas agora estamos confrontados perante a necessidade de uma verdadeira revolução no seu funcionamento. O que existe não pode continuar, é a própria democracia que está em causa.
MARQUÊS DE LOULÉ

terça-feira, 28 de novembro de 2006

FENIX REMIX


O Remexido morreu.
De morte matada ou num generoso gesto suicidário. Finou-se.
Acabou-se a guerrilha temerária de um encapuçado virtual cujo espólio não se perderá na memória do tempo.
O seu antepassado foi executado na praça pública em Faro, à revelia de um perdão real convenientemente ignorado.
Este Remexido, o nosso Remexido, desapareceu de circulação e sem deixar testamento ou disposição de última vontade.

Na sua breve passagem pela Terra do João Semana, … inquietou … desassossegou … virou do avesso a tranquila governança do João Semana e seus capangas …fez tremer o remanso de uma clientela sugadora, subitamente questionada pelo escancarar de uma janela sobre uns negócios escuros, comprometidos e comprometedores.

O Remexido mostrou-nos que o medo é uma ferramenta manipulada com elevada mestria pelos acólitos do João Semana , inibidora de qualquer crítica ao seu ao seu estilo de governação ou mesmo da denúncia do compadrio que se instituiu na CML.

O Remexido teve o mérito de restituir o sorriso ao João Semana quando se cruza com os funcionários e com os munícipes. Deixou de gritar com as pessoas. Nunca se lhe viu tanta solicitude e simpatia.
Nem tudo foi mau na curta passagem do Remexido pela terra do João Semana.

Ao desaparecimento do Remexido sobreviveu-lhe o espírito de combate contra a arrogância e o nepotismo instalados na CML.
É esse espírito que nos propomos perpetuar, denunciando o que muitos calam num silêncio cúmplice ou num assobiar para lado, fingindo que nada do que se está a passar lhes diz respeito.

O ESPÍRITO DO REMEXIDO RENASCEU AQUI